CONSTRUÇÃO EM ZONAS DE RISCO DE INUNDAÇÃO

No total, em território continental, as zonas críticas que dizem respeito ao perigo de cheias e inundações são 63, sendo que 47 são de origem fluvial e as restantes 16 de origem costeira. Falamos de 103 mil pessoas que podem estar em risco. Só na região do Tejo e ribeiras do Oeste, o número ultrapassa as 40 mil.

Ao longo de todo o território português, são cada vez mais as construções feitas em locais não recomendados, tais como no leito de cheia de um rio. Outro dos problemas foi identificado com várias zonas impermeabilizadas, ou seja, são zonas que quando a chuva chega à superfície terrestre, não se consegue infiltrar no solo, mas há solução para este tipo de problemas, como a construção de mais jardins ou espaços verdes.

Para reduzir os efeitos das inundações, o Governo decidiu aprovar um conjunto de planos de gestão. No total são mais de 600 as medidas que os municípios podem vir a utilizar. Entre 2022 e 2027 é esperado um gasto de 200 milhões de euros na execução destes planos de gestão. Contudo, já existem regiões que estão conscientes que as cheias e as inundações podem trazer vários riscos para a população. É o caso de Lisboa e do Porto, que já avançaram com planos. Na capital, a autarquia já avançou com o plano geral de drenagem, uma obra avaliada em cerca de 250 milhões de euros, com um período de implementação de 15 anos.

Incluídas no plano, estão as construções de bacias de retenção, infiltração e trincheiras drenantes. Também a construção de dois túneis: um entre Monsanto e Santa Apolónia e outro entre Chelas e o Beato. Além disso, está previsto o reforço da rede de saneamento.

Já na cidade do Porto, vão ser construídas bacias de retenção no jardim Paulo Vallada e o rebaixamento do campo de futebol do jardim. A autarquia na cidade nortenha prevê também a reabilitação da ribeira da granja. As duas obras estão previstas terminarem neste ano de 2025.



Fonte: https://www.nowcanal.pt/