Novas regras do Banco de Portugal sem impacto nos novos créditos: bancos deram mais 34,8% em julho.

29 set 2018 min de leitura
Em julho passado, quando começaram a vigorar as novas medidas de restrição do Banco de Portugal sobre o negócio do crédito seja para habitação como para consumo, os bancos concederam mais 34,8% de financiamentos do que no mesmo mês do ano anterior. Estes dados permitem concluir que as novas regras não estão de momento a ter impacto nos empréstimos às famílias.

No caso dos novos empréstimos para compra de casa, o volume superou os 919 milhões de euros, valor que compara com 682 milhões financiados no mesmo mês do ano passado (ou seja, mais 34,8%). Um montante ligeiramente abaixo dos 990 milhões de euros concedidos um mês antes, devendo-se esta flutuação a um fator de sazonalidade.


Crédito em máximos de 2010

O valor das novas operações em julho foi aliás o segundo mais elevado de 2018. Em apenas sete meses, os bancos já emprestaram 5.693 milhões de euros, ou seja, tanto dinheiro como em todo o ano de 2016 (quando se somou um total de 5.790 milhões de euros). Isto signigica que, o novo crédito renovou máximos de 2010, sendo 60% de todo o dinheiro emprestado pelos bancos a particulares, desde o arranque de 2018, teve como destino a compra de casa.

O forte crescimento das novas operações tem a provocar um aumento do "stock" de crédito à habitação. Isto porque, com as taxas de juro em valores negativos, as amortizações de créditos existentes acabaram por pesar mais do que os novos financiamentos no saldo total do crédito. Mas esta tendência começa a inverter-se.

 

Os três limites do Banco de Portugal que a banca deve seguir na hora de conceder novo crédito às famílias:


- A taxa de esforço das famílias (considerando todos os créditos) não deve ser superior a 50% do rendimento disponível;
- O montante do empréstimo à habitação não pode ser superior a 90% do valor da casa para habitação própria e de 80% do valor do imóvel para outras finalidades;
- O prazo do crédito deve ter como limite máximo 40 anos e até 2022 convergir para 30 anos.



Fonte: Idealista
 
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