Venda de casas a estrangeiros aumenta mais de 70%

Os preços das habitações em Portugal subiram quase 13% nos primeiros três meses do ano, período em que foram adquiridos mais de 43 mil imóveis.
16 set 2022 min de leitura
O investimento em imóveis em Portugal continua a atrair a atenção dos estrangeiros. Os dados do mercado residencial do primeiro trimestre deste ano não deixam margens para dúvidas. A venda de casas a cidadãos de outros países disparou mais de 70%. Segundo divulgou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE), os investidores com domicílio fiscal na União Europeia (UE) aumentaram 72,3% face ao período homólogo de 2021 e os compradores com origem nos restantes países apresentaram um crescimento de 79,1%.

No total, os estrangeiros compraram 2556 imóveis, dos quais 1435 foram adquiridos por residentes na UE e 1121 por pessoas oriundas de outros Estados, despendendo um valor global da ordem dos 842,4 milhões de euros. Esta dinâmica, que se deverá em parte à paragem do mercado no início de 2021 devido à pandemia, reflete-se também no número de vistos gold aprovados desde o início deste ano. Nos primeiros cinco meses, a aquisição de imóveis através deste regime captou 190,2 milhões.
O contexto atual do mercado imobiliário é de elevada procura quer por estrangeiros quer por nacionais. Como revelou o INE, entre janeiro e março deste ano foram transacionados 43 544 imóveis no país, o que traduz um aumento homólogo de 25,8%. A compra de habitação nova aumentou 28,7%, para 7603 casas, embora a aquisição de imóveis usados é que tenha gerado um grande fluxo de investimento, com a transação de 35 941 habitações, o que representou um aumento homólogo de 25,2%. As famílias foram as grandes dinamizadoras do mercado, respondendo por 37 840 transações (ou 86,9% do total), o que significou um incremento de 28,6%.
Em valor, o mercado residencial português gerou um volume de negócios global de 8,1 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 44% do que em igual período de 2021. As famílias foram responsáveis por compras de sete mil milhões, um aumento de 46,3%. A grande maioria dos negócios prendeu-se com a compra de casas usadas, num movimento que cresceu 41,8% para 6,1 mil milhões de euros. A aquisição de habitação nova aumentou 53,4%.

Fonte: Diário de Notícias
 
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