A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO MERCADO IMOBILIÁRIO

Que a inteligência artificial (IA) já é mais presente do que futura, é um facto. As empresas de todos os setores estão a procurar formas de tirar partido dela, e o setor imobiliário não é exceção.

Os ativos imobiliários estão preparados para tirar partido das aplicações de IA porque um único investimento pode gerar quantidades quase ilimitadas de dados. A compreensão de documentos como contratos, a análise de dados ou a previsão de tendências são apenas alguns dos benefícios que esta nova tecnologia pode oferecer ao setor.

Ignacio Resusta, especialista em investimentos em mercados privados da UBS AM, explica que os programas de IA podem "ler" documentos existentes, como contratos de arrendamento, armazenar variáveis-chave e assinalar termos importantes. A IA pode ajudar a ligar fontes de dados díspares, tais como métricas de subscrição, fluxos de pessoas, utilização de serviços, receitas, serviços públicos, sustentabilidade, mecânicos e ordens de reparação. As empresas com grandes volumes de dados podem utilizar a IA para criar parâmetros de referência personalizados.

Do mesmo modo, muitas equipas de gestão de ativos utilizam a inteligência artificial na análise dos dados relativos às taxas de arrendamento para prever o preço ideal para cada unidade, utilizando dados e inputs em tempo real. As possíveis aplicações futuras incluem a análise do crédito dos inquilinos em tempo real, a análise das tendências do mercado, a correspondência entre a quantidade de metros quadrados arrendáveis num determinado piso de um edifício e os espaços de lazer e a procura dos inquilinos.

Há, também, a previsão do risco de transição ambiental, a adição de dados alternativos à subscrição tradicional (por exemplo: dados móveis, fluxos de expedição, procura de serviços baseados no mercado), e modelos de avaliação automatizados.

A inteligência artificial pode ajudar a redigir relatórios de mercado completos e relatórios trimestrais sobre fundos ou responder a pedidos de dados de rotina mais rapidamente do que um ser humano. Qualquer que seja a aplicação, no futuro, as empresas continuarão a precisar de pessoas para analisar os resultados da IA antes de serem publicados ou utilizados para a tomada de decisões.

Fonte: https://www.idealista.pt/