Boas notícias para Portugal. Lisboa em destaque!

22 nov 2018 min de leitura

Boas notícias para o imobiliário nacional, que vai continuar a viver bons (ou até melhores) momentos em 2019. 

Fora do top 10 em 2018, Lisboa vai destacar-se, no próximo ano, como o principal destino de investimento imobiliário dentro da Europa, ultrapassando cidades como Berlim, Dublin ou Madrid. Depois do auge dos mercados maduros, o interesse move-se agora para cidades pequenas, mas dinâmicas. A capital portuguesa é, neste contexto, apontada como a "risking star" em que merece a pena correr o risco de apostar, numa lógica de longo prazo.

"Os imóveis relativamente baratos", os "retornos extraordinários" e a "qualidade de vida" são os grandes trunfos que fazem Lisboa assumir-se como a "escolha número um" dos investidores na Europa, segundo a mais recente edição do estudo 'Emerging Trends in Real Estate', realizado pela PwC e o Urban Land Institute.

As dez principais cidades escolhidas pelos investidores (Lisboa, Berlim, Dublin, Madrid, Frankfurt, Amesterdão, Hamburgo, Helsínquia, Viena e Munique) são uma “mistura de recém-chegadas de menor dimensão e maiores mercados já experimentados e testados”, aponta o relatório que inclui a opinião de 800 altos quadros do setor. A saída do Reino Unido da União Europeia está a beneficiar este tipo de cidades, tradicionalmente, mais afastadas da mira dos investidores.

Londres surge na posição 29, sendo que nenhuma cidade birtânica figura no ranking dos 10 destinos favoritos dos investidores - e o Brexit é apontado, pelo estudo, como um dos principais riscos de instabilidade para o imobiliário em 2019. 
O que faz de Lisboa a escolha número 1 na Europa?

Num momento em que proliferam vários riscos no Velho Continente, com destaque para a instabilidade política internacional - fazendo com que, além das britânicas, também as cidades italianas, por exemplo, sejam empurradas para longe dos olhares - os investidores procuram agora preservar o seu capital, em vez de conseguir os altos retornos que ambicionavam noutras alturas.

"A procura por rendimentos seguros no próximo ano vai ser primordial em todo o setor imobiliário europeu“ e os investidores, atualmente, “não procuram altos retornos, mas sim segurança”, tal como afirma o diretor do European Investment Bank (EIB), citado no estudo a que o idealista/news teve acesso.

É dentro desta lógica que os radares dos investidores se orientam para os imóveis em vez de outras classes de ativos e, sobretudo, em cidades menores e dinâmicas, como Lisboa. E embora seja classificada como um “mercado pequeno, está a oferecer retornos extraordinários”.

A economia portuguesa, "a crescer a um ritmo saudável" é outro fator que, segundo a PwC, ajuda a que "a sua capital seja agora um destino internacional para empresas, investidores e turistas”. Tal como ressalva um investidor de 'private equity', citado no estudo, “todos estão a falar de Lisboa agora”.

Numa espécie de "pescadinha de rabo na boca", a procura por parte de empresas internacionais para se instalar na capital portuguesa tem contribuido para ajudar a fomentar ainda mais a fama nacional. “Portugal tornou-se num local popular para fixar centros de serviços. É uma combinação de mão-de-obra e imóveis ainda relativamente baratos e com uma excelente qualidade de vida“, destaca um especialista do inquérito, explicando que, hoje em dia, os inquilinos até já têm de competir por imóveis, num mercado em que a oferta é, cada vez mais, reduzida.

E tudo isto está a resultar numa diversificação do perfil dos investidores. Se, “no pico anterior, o mercado [português] era principalmente constituído por fundos imobiliários nacionais e alemães que procuravam, essencialmente, o mesmo tipo de produto”, atualmente, “existe uma diversidade bastante grande de capital: em termos de origem, perfil de risco e classe de ativos“, analisa um especialista citado no documento.

Risco de bolha pode comprometer futuro?

Sobre o "boom" que se vive no mercado imobiliário em Lisboa, os inquiridos mostram-se tranquilos quanto à evolução do mercado de arrendamento residencial, mas evidenciam preocupação quanto ao setor de escritórios. “Vai haver escassez na oferta nos próximos dois ou três anos, certamente”, avisa um especialista nacional, citado no estudo, sendo esperado que surjam cenários de especulação.

Quanto ao negócio de retalho, as expetativas são, globalmente, positivos. “Portugal tem uma baixa penetração de internet, um turismo de sucesso e uma população que gosta de fazer compras”, conclui a PwC.



Fonte: idealista news
 

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